Olha aí o achado da @FurtaaCor: Django Reinhardt. Diz que poderia ser o avô de Devendra Banhart.
Nascido na Bélgica, em 1910, ele é um dos pioneiros do jazz na Europa e um dos primeiros músicos não negros a se destacar no estilo. De origem cigana, Django passou boa parte da juventude vivendo em acampamentos e tocando banjo, violão e violino. Nunca aprendeu a ler música.
Já fazendo bicos como músico em bares e boates, certa noite ele retorna para casa e sem querer esbarra em uma vela acesa. A casa, que vivia cheia de flores artificiais feitas pela mulher, pega fogo. Django escapa, porém, com queimaduras de primeiro e segundo graus por metade do corpo. Uma perna ficou paralisada e a mão esquerda quase inabilitada. Foi aí, por necesidade, que ele desenvolve a técnica de tocar apenas com os dois dedos da mão esquerda.
Na Segunda Guerra Mundial, Django escapou da perseguição nazista graças a ajuda de um oficial da Força Aérea Alemã, Dietrich Schulz-Köhn, conhecido como Doktor Jazz, que admirava muito sua música.
Entre viagens e reconhecimento nos EUA e Inglaterra, Django sente uma enorme dificuldade de se adaptar à vida moderna. Chega a comprar um carro, mas quando este finda a gasolina, larga-o na beira da estrada e vai embora.
Django Reinhardt gravou 4 discos, mas até hoje continuam a aparecer gravações esquecidas, perdidas e remasterizadas. Em 2002, entusiastas do jazz descobriram o que seria uma das suas melhores obras, Djangology.
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